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Psicodelia…

Psicodelia
Simples momento de euforia
Eufórica tristeza ao fim do dia
Trânsitos sonhos em minha mente
Uma simples viagem ao obscuro
de meus pesadelos.
Finas lãs de prata
Que se ligam aos meus dedos
Doces canções de um ser enfermo.
Triste daquele que não encontra agonia,
enquanto na comemoração de sua euforia,
Se rende à psicodelia.

 

Publicado originalmente em junho de 2008 sob pseudônimo Samuel West

Viagens… ?

A morte vai muito além da vida
Talvez em negros mantos onde,
Repousam suas histórias
Entre as feridas superficiais
E as felicidades infernais

Onde as alegrias são meras ilusões
Tristezas são sinais de êxtase
E mesmo na profundidade de sua alma
Nada resta, e tudo basta.

19 de abril de 2008

E a escuridão envolve novamente meus sonhos
Meus pesadelos se tornam realidade
E a realidade nada mais é.
Renegando meus passos
Concluindo que o futuro não existe
E o passado foi apenas uma ilusão
E talvez quando a morte chegar
Eu possa entender o sentido da vida
Ou não.

21 de abril de 2008

Trevas…
Se seu coração pode senti-las
Você pode vivê-las
E quem sabe admitir
Que apenas nelas você encontra
o que sempre buscou
Se seu objetivo é felicidade
Sua realidade é tristeza
Se seu objetivo é o poder
Sua realidade é o fracasso
Busque o que não quer com o
objetivo de não alcançar.
E só assim poderás ser o que deseja.

Sexta feira, 16 de maio de 2008.
00:10

 

Publicado originalmente em junho de 2008 sob pseudônimo Samuel West

Pequenos Devaneios…

“E as sombras despejam suas lágrimas de sangue em minha face. Outrora jazia ali um corvo que, cansado de suas astúcias, levou embora seu sonho de viver. Partiu assim rumo às negras estradas que levam à morte.”

“Tenho medo de suas palavras, elas me dão conforto e agonia. Me dão teu corpo, mas me tiram toda euforia. Pudera eu trazer-te de volta à vida, para que juntos pudéssemos encontrar nosso desespero final.”

“Preciso de meus versos, das minhas horas, preciso novamente dos meus sentimentos. Cego pela dor, perdi-me em meu próprio caminho. E as orações à mim concebidas se tornaram em vão. Meus sonhos se tornaram pesadelos e minha morte não é nada mais que a exaustão de minha pele, corrompida e destruída pela ação dos meus próprios sentidos. Escuridão e nada mais. Resta-me apenas uma saíde, a porta ainda se mantém aberta e por ela decidirei se passarei ou não. Preciso novamente do seu toque, mesmo ele estando mórbido com o passar de todos esses anos. Tua vida me fez voltar… E tua ida me faz querer partir…”

 

Publicado originalmente em junho de 2008 sob pseudônimo Samuel West

Versos II

Sou apenas um segundo
Que passou em dois minutos
Se calou na madrugada
Em morte do século inexistente
Casos são fatos
Fatos são histórias
Nobres são as penas
Pobres são seus falhos sonhos
E como se não bastasse a noite
É criado o dia
Com sua inútil destreza
Sua útil inteligência
De fazer-se claro
Em plena noite
E escura
Em pleno dia
Versos, Versos, Versos
Para que escrever?
Não consegues entender?
Não vês? Não crês?
Silêncio de um túmulo
Perdido na escuridão da noite
Como o sangue de uma morte
Que se encerra
Na sua própria…
Sorte.

 

Publicado originalmente em janeiro de 2008 sob pseudônimo Samuel West

Escárnio

Você já teve vontade de matar? Não falo daquela vontade de que um personagem de novela, de um livro, de um filme morra… Falo da vontade de realmente matar, de sentir a sensação de matar. Poder ver o sofrimento do futuro defunto, seu desespero, vê-lo suplicando por sua vida, e ao mesmo tempo, orando para que não demore sua morte. De que vale a morte se não há sofrimento? A morte é apenas um reflexo da vida. Se sofremos por toda nossa vida, por que não sofrer um pouco mais na hora de nossa morte? Apenas mais um inútil cérebro deitado no chão do meu porão, há horas ele suplica por sua vida, porém ele não pode falar, o faz apenas com os olhos, posso ver seu desespero, sua angústia. O que ele estaria deixando para trás? Mulher? Filhos, talvez. Pouco importa. Talvez eu esteja acelerando seu ciclo, talvez eu esteja fazendo a coisa certa, na hora certa. Que droga, por que cortei a língua desse maldito? Ele bem que poderian me dizer alguma coisa. Só ouço suas tentativas falhas de falar, além do mais, essa mordaça deve atrapalhar um pouco. Talvez ele queira gritar, voou dar-lhe essa oportunidade. Tiro sua mordaça. Ele berra, urra, tenta falar algo. Gritar talvez, um grito de socorro? Piada. Começo a rir, e cada vez mais tenho a certeza de como os humanos são tolos. Seus olhos estão cheio de lágrimas. Isso bastardo. Chore! Clame por sua vida, bem que eu gostaria de saber o que você queria me dizer. Porém, não sou tão curioso assim à ponto de deixar escapar uma oportunidade de sentir prazer. Uma facada no pescoço é um modo fácil e rápido de matar alguém, ver o sangue escorrendo é a melhor parte, mas que droga! Vou ter que limpar o piso novamente. Seja feita a vontade do homem, nascemos e crescemos, mas todos terminamos da mesma maneira, amaldiçoados, ou quem sabe abençoados, com a Morte.

 

Publicado originalmente em janeiro de 2008 sob pseudônimo Samuel West

111

Enquanto eu ainda andar pelo vale das sombras, pagando o preço justo pelos meus pecados, ficarei satisfeito com isso que se chama vida… Vida ou Meia-vida? Nem eu sei dizer, nada mais faz sentido, já se foram três anos desde que ela partiu, na verdade, eu a fiz partir. Era uma bela noite de abril se não estou enganado, depois de alguns drinks numa espelunca qualquer voltei para casa um “pouco” embriagado. Uma raiva das últimas semanas se acumulou em minha cabeça, olhei para ela e não vi aquela bela mulher com a qual eu havia me casado, mas sim uma vadia, que não merecia viver, não sei porque tive essa visão, agora não importa, ela veio carinhosa, eu fui rude, mas lhe dei uma última noite de prazer, usei um pouco de minha força no pescoço dela,ela tentava gritar, mas não conseguia, aquilo me excitava, a falha tentativa de gritar daquela mulher, eu soltei o pescoço da vadia, ela tossiu um pouco, mas continuou o “serviço”, olhei para o criado-mudo ao lado da cama, e olhei para os olhos dela, fechados de tanto prazer, uma tesoura, eu a peguei, ela está no auge, começo a cortar o rosto dela, ela grita, um grito agudo, sim é isso… Isso me dá prazer, o grito de dor de uma mulher, olho para o pescoço dela, pescoço fino, o sangue do rosto dela escorre um pouco, a cama está com um pouco de sangue, corto o pescoço da piranha o sangue jorra como em uma fonte, ela não conseguiu terminar seu último grito de dor… O silêncio, sim, o silêncio, acho que me excita mais do que os gritos da vadia, principalmente o silêncio logo após a morte de uma mulher. O cheiro do sangue em minhas narinas, tão doce… Não fiz questão de esconder o corpo, já fui condenado à morte por esse brutal assassinato, não sei quando vou cumprir minha pena, mas não importa, o preço é justo, não me arrependo de nada, há não ser de não ter fugido, pois preso nunca mais sentirei aquela sensação de prazer novamente, não aqui, enquanto vago sozinho pelo vale das sombras.

 

Publicado originalmente em janeiro de 2008 sob pseudônimo Samuel West

Versos

Apenas mais um coração
Que se degrada em meio a noite
De trevas efêmeras
Que trazem monstruosidades

Brisas carregadas trazem consigo
Desesperança, Descrença e desordem
Para um mundo descrente
E cheio de morte

Para que possas então enxergar
Profundamente em teu ser
Poder vencer seus sonhos
E repousar em seus nobres pesadelos.

Publicado originalmente em dezembro de 2007 sob pseudônimo Samuel West

Reticência

Talvez fosse a sétima ou oitava vez que ela gritava naquela noite, mesmo sabendo que ninguém podia ouvir. Ela sentia a ponta da faca riscando seu braço vagarosamente, enquanto o sangue escorria e manchava o piso do meu quarto. Droga, vou ter que lavar essa merda de novo. Estávamos a quilômetros de distância da civilização urbana, essa era minha 4ª vítima nessa semana. Às vezes me pergunto porque não as mato logo. Talvez seja pelo prazer de ver seu sofrimento, ouvir seus gritos. São como música para os meus ouvidos. Curiosa a estupidez humana, mesmo sabendo que não podem ser ouvidas, elas gritam, choram, e imploram por suas vidas. Porém, algo que foi começado, deve ser terminado. Ela está cansada, sem forças para gritar novamente, ouço-a soluçando, sabendo do pouco tempo que lhe resta. Liberto-a das correntes, e digo que está livre. Ela não se move, não tem forças para isso. Começo a gargalhar então, e pergunto-a, onde estão seus gritos, onde está a sua vontade de viver, ela soluça cada vez mais alto, nesse momento seguro-a pelos cabelos para que olhe em meu rosto, e faço perguntas novamente. Por que imploraste por tua vida tanto, e agora que tem a chance de fugir, deixa-se sucumbir à fraqueza. Humanos fracos, não dão valor à vida que têm, não possuem a verdadeira vontade de viver. Por isso presenteio à todos com o que vocês realmente querem – A morte. Seus soluços então cessam, sua boca se abre, como se num último esforço de soltar um grito, porém é apenas um grito mudo, pois sua cabeça agora rola sobre meu tapete.

Publicado originalmente em dezembro de 2007 sob pseudônimo Samuel West